20 dezembro, 2005

VOA, MEU SONHO
















Voa, meu sonho, voa sobre as planícies geladas,
Voa sobre as árvores mortas do Inverno,
Paira sobre a lonjura das belas noites de estrelas,
Nunca pares, continua a voar cada vez mais.
Arde, minha saudade, como chama eterna,
Arde na escuridão onde tudo se apagou e foi há muito.
Eterna é esta saudade, é a vida, é a ousadia,
E o fogo que salta sobre o véu de cinzas.

Compreende que para quem nada conseguiu,
E junto à praia nunca repousou,
Não há morte para alta fogueira que ardeu,
Não há medida para terras azuis da sua saudade.
O meu coração vive de saudade em saudade.
Sempre para desconhecida costa se volta
-A saudade de um poeta não obedece às leis do espaço,
A terra dos sonhos não tem fronteiras.

Bertel Gripenberg.
Trad: José Agostinho Baptista

uma gentil oferta.

4 comentários:

Anónimo disse...

E agora?! Fiquei sem palavras...

Esvoaçante disse...

:))
arranjam-se sempre algumas....

Anónimo disse...

Se fosse possível, olhar no teu olhar, acredita... não seriam necessárias palavras ;)

Esvoaçante disse...

Os «ses» são palavras estranhas. Condicionam enquanto prometem.

Não sendo possível, ficamos com o «se» enquanto probabilidade :)