03 dezembro, 2005

O Livro dos Amantes

I
Glorifiquei-te no eterno.
Eterno dentro de mim
fora de mim perecível.
Para que desses um sentido
a uma sede indefinível.

Para que desses um nome
à exactidão do instante
do fruto que cai na terra
sempre perpendicular
à humidade onde fica

E o que acontece durante
na rapidez da descida
é a explicação da vida

II
Harmonioso vulto que em mim se dilui.
Tu és o poema
e és a origem donde ele flui.
Intuito de ter.
Intuito de amor
não compreendido.

Fica assim amor.
Fica assim intuito.
Prometido

Natália Correia

Sem comentários: