27 janeiro, 2006
Esta noite
Esta noite
no silêncio destas paredes sombrias
cheias de palavras consumidas
a lua dança com gestos de encantamento
e as estrelas sorriem de prazer
Esta noite
invento-te nesta distância magoada
onde as palavras repousam
nos lábios ausentes que riem e se alimentam
de sabores sonhados
Esta noite
arde uma fogueira de nostalgia
e o mistério absorvente da tua luz
entra em mim mansamente
Aqui
longe de ti e de tudo
sinto-me bem dentro de ti
e deixo-me ficar
António Sem
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2 comentários:
Há noites que inundam...
lunático
Noites-maré, pois sim.
E há maré cheia e maré vazia.
Como nas fases da lua.
:)
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