20 janeiro, 2006
Há dias assim
Há dias assim
cinzentos de sol
a amarelecerem as folhas da melancolia
Há dias assim
com sorrisos imóveis
quando tombam os ramos da noite
Há dias assim
onde o instante quebra
a aliança entre o homem e as coisas
E nesta sucessão dos dias
deslizo como uma gota sem contactos
que abro entre formas cegas que me ignoram
António Sem
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