18 janeiro, 2006

convite





















Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério
A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.

Lya Luft

2 comentários:

Anónimo disse...

Mas se convidas...

lunático

Esvoaçante disse...

Os títulos são sempre dos poemas...
E o «convite», título do de Lya Luft, é assaz curioso - enquanto convite ao destino próprio.