18 julho, 2007
















Somos folhas breves onde dormem
aves de silêncio e solidão.



Somos só folhas ou o seu rumor.
Inseguros, incapazes de ser flor,
até a brisa nos perturba e faz tremer.



Por isso a cada gesto que fazemos
cada ave se transforma noutro ser.



Eugénio de Andrade

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá
talvez tu me possas ajudar. Eugénio de Andrade é grande, ainda que depois do seu falecimento e qualquer verso seu que se invoque deve ser louvado.
Assim sendo procuro desalmadamente a publicação dos seguintes versos:
"Os bambus acariciam a bruma com a ponta das suas folhas.
Não tenho outra ambição senão ser pobre e sábio.
O vento faz estremecer os vastos campos de bambus.
Um pássaro verga um ramo e a extremidade titila-me o rosto."
Não encontro em livro algum e nem tenho a certeza de serem do E.de Andrade. Por favor diz-me que sabes onde posso encontrar a informação.
Um sincero bem haja