11 fevereiro, 2006
último refúgio
Poesia - amparo de ânsias e agonias,
urna do pranto amargo e solitário.
Poesia - contas mágicas de um rosário
de ardentes preces, pelas noites frias.
Acolhes, maternal, as litanias da alma
que enfrenta o sofrimento vário
e se agasalha no hiemal sudário,
deslembrada de risos e alegrias.
Mesmo que eu seja a última a venerar-te,
humilde ancila, fiel em procurar-te,
constante seguirei os teus caminhos,
Pois contigo, em estradas de mil flores,
descrevi minhas ilusões, cantei amores
sob o teu manto de veludo e arminhos.
Sylvia V. Câmara
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