11 julho, 2007

Havia uma palavra



















Havia
uma palavra
no escuro.
Minúscula. Ignorada.
Martelava no escuro.
Martelava
no chão da água.
Do fundo do tempo,
martelava.
contra o muro.
Uma palavra.
No escuro.
Que me chamava.
de Matéria Solar

Eugénio de Andrade
(oferta de ad astra)

2 comentários:

Maria Carvalhosa disse...

O poeta tem razão. Há sempre uma palavra... (a palavra?) ;)

Beijos.

Esvoaçante disse...

... palavra, parabolé de raiz.

Sempre a fazer falta...

sábado feliz.