18 julho, 2006






















É quando a chuva cai, é quando
olhado devagar que brilha o corpo.
Para dizê-lo a boca é muito pouco,
era preciso que também as mãos
vissem esse brilho, dele fizessem
não só a música, mas a casa.
Todas as palavras falam desse lume,
sabem à pele dessa luz molhada.

Eugénio de Andrade

4 comentários:

carteiro disse...

Só para dizer que este sítio, ao qual chamas "Poesia Apenas", é muito mais que poesia. Para além destas últimas borboletas que me têm deixado extasiado, há uma aura aqui, que sinto desde a primeira visita aqui. É um sítio solene e as palavras que escolhes são lindíssimas.
Espero que a tua semana esteja a correr bem**

Esvoaçante disse...

Grata, Postman. Pela delicadeza e pelo feedback. As flores (antes) e as borboletas (agora) associam-se-me à beleza e à sensibilidade. E poesia é isso, também. Sorrio com «sítio solene», que julgo entender esta ideia de solenidade... Beijos, Senhor dos Selos.

carteiro disse...

Senhor dos Selos?!? (como é que se faz um smile que transmita que fiquei babado com esta expressão?) :D
Bem, acho-o tanto um sítio solene que cada vez que escrevo aqui, sinto-me como que a manchar alguma coisa com uma pureza enorme...
Estou inteiramente de acordo com a escolha das borboletas e das flores. Gosto da sensibilidade com que escolhes cada 'tijolo' desta 'casa'***

Esvoaçante disse...

Se uma casa aberta, permite que se entre - :) -, quando quem visita, deixa pétalas torna sempre re-valorado o prazer das re-visitas...

:)