01 agosto, 2006

Ofício de Amar



















Já não necessito de ti
Tenho a companhia nocturna dos animais e a peste
Tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio
De outras galáxias, e o remorso.....

.....um dia pressenti a música estelar das pedras
abandonei-me ao silencio.....
é lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração
não, não preciso mais de mim
possuo a doença dos espaços incomensuráveis
e os secretos poços dos nómadas
ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto
deixei de estar disponível,

perdoa-me se cultivo regularmente
a saudade do meu próprio corpo.

Al Berto

2 comentários:

o alquimista disse...

Infinitamente bonito o que escreves, sabe bem passar por aqui, volto se não te importares

Esvoaçante disse...

Bem vindo - que nome espectacular!!

Volta sempre que queiras. Farei de modo semelhante :)