23 dezembro, 2005

Soneto


















Ao Luís Vaz, recordando o convívio da nossa mocidade.

Não pode Amor por mais que as falas mude
exprimir quanto pesa ou quanto mede.
Se acaso a comoção concede
é tão mesquinho o tom que o desilude.

Busca no rosto a cor que mais o ajude,
magoado parecer os olhos pede,
pois quando a fala a tudo o mais excede
não pode ser Amor com tal virtude.

Também eu das palavras me arredeio,
também sofro do mal sem saber onde
busque a expressão maior do meu anseio.

E acaso perde, o Amor que a fala esconde,
em verdade, em beleza, em doce enleio?
Olha bem os meus olhos, e responde.

António Gedeão

4 comentários:

Anónimo disse...

Pergunta!
Eu respondo.

Esvoaçante disse...

Exagerado!
"Não pode Amor por mais que as falas mude
exprimir quanto pesa ou quanto mede".

Anónimo disse...

Ok...(estou a fazer beicinho) mil perdões pelo exagero;)

Esvoaçante disse...

desculpado está :)