28 dezembro, 2005

Ícaro
















O sol dos Sonhos derreteu-lhe as asas.
E caiu lá do céu onde voava
Ao rés-do-chão da vida.
A um mar sem ondas onde navegava
A paz rasteira nunca desmentida...
Mas ainda dorida
No seio sedativo da planura,
A alma já lhe pede impenitente,
A graça urgente
De uma nova aventura

Miguel Torga, Diário, XII

2 comentários:

Anónimo disse...

"Muitas vezes, a Alma parece-me apenas uma simples respiração do corpo"

YOURCENAR,Marguerite


Será?

Esvoaçante disse...

Não o diria! De todo que não.