11 agosto, 2006




















Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério
A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.

Lya Luft



E eis senão que este blog vai hibernar - retomar-se-á «um poema por dia» daqui a umas semanas. A quem visita, que leve a beleza das borboletas no saborear das fragâncias da Vida.

6 comentários:

carteiro disse...

Se pudesse mandar, nananana, nao hibernarias. Entao e este bálsamo para os olhos e para o coracao? Fica parado? Nao é por muito tempo, pois nao? Semanas?

Bem, resta esperar que te preenchas e te inspires (ainda mais!). E que toda a criatividade tua e das tuas musas paire e se deixe pairar onde quer que passes!

Uma só palavrinha de agradecimento por tao esplêndidas borboletas e palavaras. obrigado!

Anónimo disse...

Volta!!! estás perdoada...
:))

Anónimo disse...

Tenho estado por aqui algumas vezes: entro quieta e retiro-me calada para não abalar a beleza primorosa deste recanto -tão belo nas palavras quanto o é nas imagens. Feliz escolha! Perdoe-me a indelicadeza, pois não resisti à formosura: utilizei algumas imagens aqui encontradas, mas estão creditadas com os links respectivos.Feliz e breve retorno! Grande abraço.

Esvoaçante disse...

Já fui e já vim, Postman.
Obrigada pelos votos, tão inspiradores.
E, como calculas, tenho também imenso prazer com este canto! ao escolhê-lo e escolher para ele, cuidar dele... :))
É bom partilhar.

Esvoaçante disse...

Anónimo, devo ter ouvido a mensagem. Risos...

Esvoaçante disse...

Giulia, que simpática, a mensagem e a pégada...! Nenhuma indelicadeza, só o toque gentil de uma passagem delicada.
:)