06 maio, 2006

















A felicidade sentava-se todos os dias
no peitoril da janela.
Tinha feições de menino inconsolável.
Um menino impúbere
ainda sem amor para ninguém,
gostando apenas de demorar as mãos
ou de roçar lentamente o cabelo pelas
faces humanas.
E, como menino que era,
achava um grande mistério no seu
próprio nome.

Jorge de Sena

2 comentários:

Licínia Quitério disse...

Descobri hoje este mar de poemas. Parabéns pelas escolhas. E pelas ilustrações.
Licínia

Esvoaçante disse...

Grata pelo elogio. Volta sempre :)