09 março, 2006
Ocupamos a paisagem
que, desocupada, se ocupa
de nós.
Tempo de ocupação, este.
Somos o estrangeiro
que o silêncio de paredes
brancas e esquecidas
perturbou.
Extasiado ao menor rumor
de um estio
duro e claro
— todo lâminas.
Perplexo da memória
destes dias
sufocados em tédio
e cal.
Da palavra para a pedra
arrastando-se aquáticos
— as mais sazonadas
as menos polidas.
Crestada que foi,
na raiz do tempo, toda
a subliminar tentativa
de retorno.
Eduardo Pitta
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2 comentários:
Uma bela coleção de poemas, para revisitar sempre e ler e reler! Abraços interioranos de SP
:)
Giulia, revisita sempre.
Beijo.
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