26 novembro, 2005

Ode à Poesia

É à noite que vens estranha figura
com teus passos doces, inquietantes
e me abres caminhos extenuantes
a arrastar-me indefesa na loucura.

Então, há labaredas que me comem
e vem o sonho prenhe de ilusões
e a minha alma treme em convulsões,
em prazeres loucos que não há no homem.

E há um desencontro de sensações
e há danças fulgurantes de clarões
e há momentos místicos de euforia.

Tenho medo da noite e de mim,
sou um ser sem começo e sem fim
quando tu me possuis, ó poesia

Luísa Beltrão

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